A Inconfidência Mineira e os seus motivos

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A Inconfidência Mineira foi um dos movimentos sociais mais importantes que ocorreram no Brasil durante o período colonial. Em 1779, Portugal ainda exercia seu poder como metrópole do Brasil colônia e aplicava diversas medidas de controle e tributação no país. Conforme o sentimento anticolonial aumentava, foi nascendo um espírito de revolta, especialmente na capitania de Minas Gerais, que levou à Inconfidência.

Minas Gerais era uma região forte na mineração, especialmente de ouro. Obviamente esse era o centro da economia local, que influenciava fortemente a economia nacional. O ouro era um dos principais produtos brasileiros junto de produtos agrícolas. Para controlar a produção de ouro no país e também garantir que Portugal ganharia sua parte, a coroa instituiu um novo tributo conhecido como quinto. Todos os envolvidos com a extração aurífera deveriam pagar em tributo 20% do ouro encontrado para a coroa portuguesa. As penas para quem se recusasse a pagar o quinto e vendesse ouro ilegalmente eram duras e incluíam até exílio nos territórios africanos.

Infelizmente para os brasileiros o ouro não era infinito. Devido à exploração excessiva, sua quantidade nas minas começou a diminuir. Porém a coroa não aceitava diminuir os impostos, fazendo com que os mineradores brasileiros ficassem com cada vez menos ouro após pagar o quinto. Para completar o cenário caótico, o governo criou um novo tributo conhecido como derrama. Agora as cidades mineradoras deveriam pagar 100 arrobas de ouro para as autoridades todo ano. Caso não conseguissem, os moradores teriam suas casas invadidas e seus pertences levados para completar o valor. Combinando os impostos excessivos e a insatisfação dos mineradores e donos de terras em não participar da vida política no país, nascia o cenário da Inconfidência. O movimento tinha a intenção de conquistar a independência do país da coroa portuguesa e de todos seus abusos.

Tiradentes era o apelido de Joaquim José da Silva Xavier, um dos líderes do movimento e o que ficou mais conhecido. Também participaram do movimento intelectuais, como os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomas Antônio Gonzaga, e membros da elite, como donos de minas e agricultores. Seu principal objetivo era acabar com a condição de colônia do Brasil e iniciar uma república. O movimento já tinha até bandeira para o novo país, que virou um dos principais símbolos da Inconfidência.

O movimento havia marcado a revolta para a data do recolhimento da próxima derrama, porém o levante nunca chegou a acontecer. Os inconfidentes foram delatados por um membro do grupo, Joaquim Silvério dos Reis, que trocou a informação sobre a Inconfidência por perdão de dívidas. Com a prisão de todos os idealizadores da Inconfidência, o movimento teve fim. A maioria dos prisioneiros foi condenada a degredo para a África ou penas de prisão. Tiradentes, como líder do movimento, foi enforcado em praça pública e esquartejado para exibir seu corpo como aviso a outros rebeldes. A Inconfidência tornou-se um movimento muito significativo na construção de um sentimento de nacionalidade brasileiro durante a República e sua bandeira foi adotada pelo estado de Minas Gerais. Tiradentes foi posteriormente homenageado com um feriado.

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